A
NARRAÇÃO
A
narração é um processo de contar histórias. Podemos narra
acontecimentos que vimos, que lemos, que nos foram contados e que
criamos a partir da nossa imaginação. Ao narrar, estamos inventando
ou recriando fatos e para isso precisamos de elementos fundamentais
na construção de um texto narrativo: o narrador (em primeira ou
terceira pessoa), enredo ( a série em que seguem os fatos),
personagens (reais ou criados), conflito (fatos contraditórios e não
previsíveis), tempo (cronológico ou psicológico), espaço (lugar
onde os fatos são desenvolvidos).
Além do romance, existem outras formas narrativas, porém estas, apresentam uma extensão menor, são elas: conto, crônica e fábula.
Além do romance, existem outras formas narrativas, porém estas, apresentam uma extensão menor, são elas: conto, crônica e fábula.
Na
narração há a presença dos discursos através dos diálogos. O
discurso podem apresentar-se de três maneiras:
>
Discurso direto:
responsável por transmitir fielmente um diálogo, utilizando um
travessão.
Exemplo:
“Foi
apresentado a uma por uma: viúva do Desembargador Fulano de Tal;
senhora Assim-Assado; viúva de Beltrano, aquele escritor da
Academia! Depois de estender a mão a todas elas, sentou-se na ponta
de uma cadeira, sem saber o que dizer. Dona custódia veio em sua
salvação:
-
Aceita um chazinho?
-
Não, muito obrigado. Eu...
-
Deixa de cerimônia. Olha aqui, experimenta uma brevidade, que o
senhor gosta tanto. Eu mesma fiz.”
(em
O
homem nu,
Fernando Sabino)
> Discurso
indireto:
neste tipo de discurso não há a fala da personagem, sendo assim, o
narrador fala indiretamente pela sua personagem.
Exemplos:
“De
tanta categoria que no dia do aniversário do pai, quem que almoçaria
fora, ele aproveitou-se para dispensar também o jantar, só para lhe
proporcionar o dia inteiro de folga. Dona Custódia ficou muito
satisfeitinha, disse que assim sendo iria também passar o dia com
uns parentes lá no Rio Comprido.”
(em
O
homem nu,
Fernando Sabino)
> Discurso
indireto livre:
por se tratar da mistura dos dois tipos de discursos anteriores, é
considerado o mais difícil de todos. Não sabemos verdadeiramente a
quem pertence a expressão dita: se ao narrador ou ao personagem.
Exemplo:
“Baleia,
sob o jirau, cocava-se com os dentes e pegava moscas. Ouviam-se
distintamente os roncos de Fabiano, compassados, e o ritmo deles
influiu nas ideias de Sinhá Vitória. Fabiano roncava com segurança.
Provavelmente não havia perigo, a seca devia estar longe.”
(em
Vidas
Secas,
Graciliano Ramos)
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