Quando
falamos em dissertação, devemos levar em conta elementos básicos
na constituição de um bom texto, tais como: clareza, concisão,
originalidade, estética textual, elegância, vocabulário,
ortografia, coesão e coerência. Estes dois últimos merecem um
destaque especial.
A
Coesão
A
coesão textual está relacionada diretamente aos recursos
linguísticos. Estes recursos são responsáveis por conectarem os
termos de uma frase, orações períodos ou parágrafos de um texto.
É o entrelaçamento fundamental para que as partes do texto tenham
sentido entre si. Podemos ter dois tipos de coesão: a referencial
(recupera termos anteriores através da substituição ou da
reiteração) e a sequencial (responsável pela progressão do texto
sem retomar elementos anteriores). Não há coerência sem coesão.
(“Se
é verdade que a coesão não constitui condição necessária nem
suficiente para que um texto seja um texto, não é menos verdade,
também, que o uso de elementos coesivos dá ao texto maior
legibilidade, explicitando os tipos de relações estabelecidas entre
os elementos linguísticos que o compõem. Assim, em muitos tipos de
textos – científicos, didáticos, expositivos, opinativos, por
exemplo – a coesão é altamente desejável, como mecanismos de
manifestação superficial da coerência.” (Ingedore Koch, A Coesão
Textual, 2002))
A
Coerência
Já
que falamos anteriormente que não há coerência sem coesão,
explicaremos o termo coerência.
A
coerência está relacionada diretamente ao sentido do texto. Este
sentido está ligado a quem escreveu o texto e a quem irá lê-lo. Os
elementos constituintes dos textos devem estar adequados ao contexto
e ao objetivo da mensagem do texto.
O
conhecimento que o escritor e o leitor apresentam do assunto em
questão, determinado pelo seu conhecimento de mundo e pelo
conhecimento linguístico de ambos, é fundamental para que haja o
processo de coerência textual.
Não
existe um texto incoerente em, mas o texto pode ser incoerente em/
para determinar situação comunicativa. […] O texto será
incoerente se se produtor não souber adequá-lo à situação,
levando em conta intenção comunicativa, objetivos, destinatários,
regras sociais culturais, outros elementos da situação, uso dos
recursos linguísticos etc. Caso contrário, será coerente.
É
evidente que a capacidade de cálculo do sentido pelo receptor é
fundamental. Pode acontecer que, mesmo o texto sendo bem estruturado,
com todas as pistas necessárias ao cálculo do seu sentido, um
receptor pode, no nível individual, não ser capaz de determinar o
sentido por limitações próprias (não domínio do léxico e/ou
estruturas, desconhecimento do assunto, etc.). Nesse caso, não dirá,
sobretudo considerando o produtor, que o texto é incoerente, seu
comentário será: “ Não consegui entender este texto”.
(Ingedore Grufeld Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia. A Coerência
textual. São Paulo: contexto, 1993.p.50)
Os
Dez Mandamentos de uma dissertação
- Não se deve fugir do tema.
- Utilize uma letra legível e não rasure.
- Seja claro com suas ideias.
- Procure ser original, mas, não invente argumentos.
- Utilize somente a norma culta da língua.
- Crie o título após a redação pronta, assim, você não correrá o risco de um título incoerente com suas ideias.
- Se fizer perguntas, elabore suas respostas.
- Evite períodos longos, para que seus argumentos não fiquem confusos.
- Anote suas ideias sobre o tema.
- Cuidado ao criticar questões polêmicas, como, a religião.
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